Somos pessoas que conhecem de perto o poder da transformação. Esta iniciativa nasceu da história real de superação de José Ailton, que enfrentou o fundo do poço das drogas, foi acolhido com amor e fé, e decidiu retribuir ajudando outros a se reerguerem.

A partir disso, surgiu o desejo de estender a mão a quem precisa de uma nova chance.

Hoje, acolhemos pessoas em situação de rua ou em vulnerabilidade, oferecemos triagem responsável, moradia temporária, apoio espiritual, laborterapia e encaminhamento para tratamento em outros estados. Mais de 300 vidas já passaram pelo projeto, e muitas delas reencontraram dignidade, fé e propósito.

Somos fruto da gratidão, da fé e do compromisso de transformar dor em esperança. Aqui, cada pessoa é vista com amor, e cada história tem valor.

O projeto nasceu da trajetória de vida de José Ailton, que enfrentou o mundo das drogas por muitos anos até ser acolhido, em 2012, pela Casa de Recuperação Manassés, onde iniciou um tratamento com duração prevista de nove meses. Esse foi o ponto de virada em sua vida. Concluído o período, Ailton decidiu permanecer na casa de forma voluntária, atuando como obreiro e colaborando com o trabalho interno da instituição.

Aos poucos, começou a ganhar mais responsabilidades e passou a viajar por diversos estados do Brasil, como Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Brasília e Paraná, levando materiais e dando o seu testemunho de vida, mostrando que é possível recomeçar. Em 2015, foi convidado a participar do Programa 190, apresentado por Alcioli e Cristiano Santos, no canal CNT, em Curitiba. Seu depoimento tocou tantas pessoas que gerou até mesmo um documentário gravado na instituição Manassés.

Logo depois, por necessidade da instituição, José Ailton assumiu o posto de diretor da unidade de Curitiba, localizada na Rua José de Alencar, com a aprovação do então presidente da casa, Douglas, atual presidente da Instituição Manassés.

Em 2016, José Ailton se casou e decidiu seguir sua vida fora da casa de recuperação. Porém, mesmo fora da instituição, não abandonou seu propósito. Movido pela gratidão, começou a vender kits de canetas dentro de ônibus e, junto com o material, distribuía um marca-páginas com sua foto, seu testemunho e número de telefone, como forma de tocar outras vidas. Esse gesto simples gerou um impacto enorme: pessoas começaram a ligar pedindo ajuda, querendo também recomeçar.

Foi então que ele iniciou, por conta própria, um trabalho de triagem e encaminhamento de pessoas para tratamento em outras unidades da Casa Manassés, em outros estados. Com o tempo, percebeu a necessidade de acolher esses homens temporariamente até que a vaga estivesse disponível. Com incentivo do pastor Carlinhos, de sua igreja, alugou uma casa e começou a receber essas pessoas em situação de rua e vulnerabilidade.

Ali, além do acolhimento, ensinava os acolhidos a preparar os kits de venda, oferecia alimentação, apoio emocional e orientação espiritual. Em pouco tempo, o número de acolhidos aumentou: de dois, passou a seis, depois doze, até chegar a 18 pessoas acolhidas em uma única casa.

Com o crescimento do trabalho, Ailton uniu sua trajetória de fé com o nome da igreja onde congregava, o Ministério Cafarnaum, e assim surgiu o nome que hoje representa essa missão: Projeto Cafarnaum em Ação.

Com o tempo, foi possível conquistar também uma chácara, onde os acolhidos contam com espaço para laborterapia, espiritualidade, meditação e ocupação diária, como plantio, limpeza e tarefas simples que resgatam a dignidade e a rotina saudável.

Desde então, mais de 300 pessoas já passaram pelo projeto, muitas delas encaminhadas para outras unidades de recuperação, outras permanecem por mais tempo sendo cuidadas ali. E todas foram recebidas com respeito, escuta e fé.

A história do Projeto Cafarnaum em Ação é, na verdade, a história de uma vida transformada que hoje transforma outras. É a prova viva de que fé, amor e oportunidade podem mudar destinos.

O Projeto Cafarnaum em Ação acolhe pessoas em situação de rua ou em vulnerabilidade social que desejam recomeçar e sair do mundo das drogas. Nosso trabalho começa com escuta, respeito e orientação.

Veja como funciona o passo a passo:

1. Triagem Inicial

Assim que alguém procura ajuda, realizamos uma triagem com perguntas simples e importantes:

– A pessoa tem algum problema com a justiça?

– Possui doenças contaminosas?

– Usa medicação controlada?

Essas informações ajudam a garantir um acolhimento seguro e responsável, respeitando o bem-estar de todos.

2. Acolhimento Temporário

Aqueles que não têm para onde ir, ou aguardam uma vaga em outra unidade, são acolhidos em nossa casa. Lá recebem alimentação, abrigo, apoio espiritual e atividades de laborterapia.

3. Laborterapia e Ocupação

Durante o acolhimento, a rotina inclui tarefas simples e atividades manuais que ajudam a fortalecer o senso de responsabilidade, autoestima e disciplina. A ocupação é uma ferramenta essencial na recuperação.

4. Encaminhamento para Tratamento

Sempre que possível, encaminhamos os acolhidos para casas de recuperação em outros estados, com as quais mantemos contato e parceria. Ajudamos com documentação, orientações e até passagens, quando possível.

5. Acompanhamento e Reintegração

Alguns permanecem conosco por mais tempo, sendo preparados para seguir sua caminhada com dignidade e autonomia. Aqueles que conseguem vencer esse processo passam a nos ajudar cuidando da casa e acolhendo os novos se assim desejarem. 

O Projeto Cafarnaum em Ação se mantém através de muita fé, esforço e solidariedade. Não recebemos apoio governamental nem temos repasses fixos. Nosso sustento vem de diversas frentes simples, mas muito valiosas:

Doações voluntárias de pessoas que acreditam no nosso trabalho;

Trabalho voluntário do fundador, José Ailton, que atua como motorista de aplicativo para ajudar nas despesas da casa;

Venda de balas, fones de ouvido, carregador de celular, canetas e marca-páginas com mensagens de esperança, que também geram recursos para manter o projeto em funcionamento;

Serviços voluntários realizados pelos acolhidos, como roçadas, limpeza de terrenos, cuidados com hortas e atividades de manutenção, que ajudam na renda e fazem parte do processo de ocupação e dignidade.

Além disso, precisamos muito da colaboração de voluntários externos, pessoas dispostas a doar um pouco do seu tempo, carinho ou conhecimento para ajudar no dia a dia do projeto. Seja numa simples conversa, aula de yoga, pintura, terapia ocupacional ou como seu coração sentir -  toda ajuda é bem-vinda e muito necessária.

Toda doação é muito bem vinda - comida, roupas, móveis utilizamos tudo e aquilo que não nos serve vendemos e utilizamos o dinheiro para o que preci 

A cada vida transformada, sentimos que vale a pena continuar. Toda contribuição, por menor que pareça, faz uma grande diferença.

Se você deseja contribuir de alguma forma, entre em contato. Juntos, podemos continuar resgatando vidas.